Ciclo
A estrada não é plana
Alguns precipícios,
algumas curvas,
obstáculos, desvios.
Por isso minha demora.
Meu olhar entre brumas,
a boca seca, tortura!
Nem sei como chegar.
Mas, profissional
nas dificuldades,
não emendo...
Sinto-me aprendiz
a cada dor.
E dores surgem,
eu querendo ou não.
Por um rabisco incompleto,
por um estrondo repleto
por um não dizer o que há.
E o meu sentimento como fica?
Embrulhado em seda
laçado por uma fita
aguardando o seu desatar.
Ultrapasso outra linha;
a bússola como guia,
ainda hei de chegar!
Já sinto o cheiro do rio
Águas corredeiras
- um ciclo
Vou me desaguar...