EU VI

Ouvi as notas perfeitas que tinham teus passos,

Fiquei ofegante nos meus embaraços,

Olhando os teus traços,

Eu congelei.

O vento me trazia teu perfume

E ao cair da noite

O mistério que assume

O meu olhar,

Envolve-te silenciosamente

Em pensamento nada santo,

E sem resistir ao teu encanto,

pus-me a despir-te em minha mente.

O coração mal cabia no peito

E o teu jeito

Me fazia tremer.

E quando tu paraste na esquina

Apenas para ajudar um deficiente,

Pude ver também o coração decente

Que tinhas

E nessa hora, as lágrimas minhas

Inevitavelmente, lavaram o meu rosto

E foi com muito gosto

Que chorei.

E quando distraí-me com o celular

Tentando ligar a câmera

Para te fotografar,

Perdi-te de vista e enlouqueci.

Tive a certeza, naquele momento,

Que presenciei por alguns instantes,

Alguém que, sem dúvidas,

Seria o meu grande amor.

Vasculhei ao quarteirão,

Mas o meu pobre coração,

Nunca mais conseguiu sentir

Aquele êxtase.

Ênio Azevedo

interação sempre bem vinda do poeta Olavo

Muito obrigado, caro poeta!

Dizem q'amor nasce na vista

Quando vem de primeira

Não há quem a ele resista

Quando a vontade vem inteira.

Luciênio Lindoso
Enviado por Luciênio Lindoso em 18/01/2021
Reeditado em 21/01/2021
Código do texto: T7162946
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