Decadência

Nada neste mundo nos é dado

A um soldado, nem a vida, lhe pertence

Se ausente, deste mundo desgraçado

Olhos abertos em um sorriso sem dentes

Todos nos cobram nos mínimos erros

Mas o desespero se da no primeiro passo

Quem engatinha não procura um regaço

Quem da passos escorrega no escarro

Vivemos em uma mecanicidade aparente

Nesta cidade morta e impotente

Nos becos escuros um furor impuro

De mortos vivos esquálidos e burros

A vida esta perdida em um passado

Nem recordações parecem aliviar a dor

Órfãos de pai e mãe sem amor no mundo

Cantamos canções recheadas de horror

Pintamos usando sangue como tinta

Em escuros viadutos estacionários

E a maldade é viver como se pinta

Nas paredes sujas pelas ruas da cidade

Onde será que ficou todo amor

Que havia em um passado tão recente

A transcendência de um mundo inovador

No oposto da nossa realidade decadente

alexandre montalvan
Enviado por alexandre montalvan em 17/01/2021
Código do texto: T7162082
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