A condução do tempo na construção da brevidade da vida.
Eu não sei para onde vou no horizonte deste caminho, todavia, sigo o meu trilho deixando o vento me levar.
Não sei se há algum ponto no qual devo chegar, no entanto, tenho que caminhar.
Todavia, você é a luz dos meus passos dados, através do solo arenoso em destinação a própria condução, sendo você o substrato da minha essência replicada.
Se o tempo já passou, ainda sinto a leveza das ilusões não perdidas, entretanto, sou a minha esperança de um instante que ainda não chegou.
Porém, modificado a cada realidade levando ao cosmo hermeneuticizar múltiplas representações.
Motivo pelo qual sou exegético.
O sol pode perder seu brilho, o infinito deixar de ser azul, o futuro não ser a ficção da minha utopia, no entanto, o tempo me conduz a superação das pedras.
Desta forma, sou o meu próprio caminho a procura indelével da vossa doçura.
Se um dia solitariamente esquecido, nesta vida tudo é possível, saberei sentir comigo mesmo, as idiossincráticas fantasias, este está sendo o meu mundo, a mais bela contemplação.
Na tristeza quando o futuro esgotar saberei a recordar os sonhos, como se o passado pudesse ser o presente.
Sei que sou como todo mundo é, a mesma destinação, a diferença que poderei está sozinho, com a minha cognição, na esperança de construir o meu mundo ilusório.
Com efeito, um dia em um pequeno tempo histórico, sendo a brevidade da imaginação, perguntarei por que tudo teve que ser deste modo, não saberei entender se for metafísico.
O fluido então passou, a existência exauriu, quem eu sou, tal interrogação não tem resposta, porque já não sou.
Deste modo, entendo o fundamento do princípio da incausalidade, um tempo belo cheio de insignificância, no entanto, a grandeza está sempre no esplendor da dignificação de tudo que existiu mesmo no sofrimento do tempo que exauriu.
Apesar da não existência da consciência, entretanto, na mimética permanente do solo pre existente ao meu ser temporário.
Com efeito, serei eterno entre todas as replicações que reproduzirão vocês, sendo também a minha extensão.
Portanto, estarei eternamente presente por duas variáveis, a condução da substancialidade dos nossos seres, a fertilidade do sol sustentado pela mimética dos nossos corpos.
Edjar Dias de Vasconcelos.