III - Arraiou! Arraiou!
Mais estrelas cadentes
Vêm escarafunchar
O assanhamento da gente
E bisbilhotar ignotas
E perdidas lorotas de amor
Amor que flui sob um céu
Desconhecido, amante e regente.
As estrelas cadentes dão rebotes
Aos astros no espaço
Denunciando o caprichoso rebento
Do nosso explosivo gozo
Ensandecido e gritante
Que ecoa na madrugada
Silente, safada e radiante
De pretéritos mais-que-perfeitos.
Arraiou! Arraiou!
O arrebol sanguíneo
Que desvirgina a manhã tímida e cálida
Clareando-a envergonhada.
A manhã ofusca as estrelas cadentes
Que daquele alinhavar foram fugidias e ligeiras
E que não quiseram testemunhar
Que assistiram o nosso assanhar
Pela noite inteira.