II - Dríades e Tríades
E a garganta entre as serras
Nos torna indevassável
Acima está o céu negro diamantino
Abaixo do céu, abraçados e deslumbrados
Estamos nós e o amor
Entre dríades gregas
Ao som de tríades musicais
Loucos de paixão, nos bumbos do coração
Cantando aos astros e estrelas nas alturas.
Entre aspas está essa aventura
Que camufla um amor sedento
E em amar está o sentimento,
O rodapé, o alicerce vívido e sagaz...
Arranca esta renda íntima e tímida
Sobre suas silhuetas profusas
Esfregue-as e entregue-as
Ao transe destas loucuras
Que ninguém recusa
Que não para, que não pode parar.
Querer que a lua volte a brilhar, deixe-a pra lá.
Desligue o "flash", a captura
Dessa salacidade nas alturas
Horizontal e turbulenta
Desse triângulo imaginante
Que catimba o silêncio
Dentro da noite caliente e escura.