II - Dríades e Tríades

E a garganta entre as serras

Nos torna indevassável

Acima está o céu negro diamantino

Abaixo do céu, abraçados e deslumbrados

Estamos nós e o amor

Entre dríades gregas

Ao som de tríades musicais

Loucos de paixão, nos bumbos do coração

Cantando aos astros e estrelas nas alturas.

Entre aspas está essa aventura

Que camufla um amor sedento

E em amar está o sentimento,

O rodapé, o alicerce vívido e sagaz...

Arranca esta renda íntima e tímida

Sobre suas silhuetas profusas

Esfregue-as e entregue-as

Ao transe destas loucuras

Que ninguém recusa

Que não para, que não pode parar.

Querer que a lua volte a brilhar, deixe-a pra lá.

Desligue o "flash", a captura

Dessa salacidade nas alturas

Horizontal e turbulenta

Desse triângulo imaginante

Que catimba o silêncio

Dentro da noite caliente e escura.

Sangy
Enviado por Sangy em 15/01/2021
Reeditado em 21/02/2023
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