Cortejo a um cantor
Sou como uma flor de café florescendo na cabeceira da sua cama
Se tu me beijas sacio a sua manhã
E me torno um jardim caindo nos seus braços
Sua voz... sua voz que me queima
Uma flor de cerveja
Apaziguando as loucuras da minha cabeça
Basta que cante e já me tem
Não é mal e nem é bem
Mas de todas as paixões nesta eu sou uma refém
Tire a roupa da sua garganta
E mostre-me a nudez da sua voz
Essa estrela cintilante que eu quero aninhar em meu colo
Quando rolo pela cama imaginando-me contigo,
Oh belo cantor eu quero um amor verdadeiro
Não é nenhum conto de fadas
É daqueles que o cinema quer se inspirar
Que nos faz flutuar
Você me concederia essa honra?
O coração ferve de volúpia e verão
Feito uma caldeira quente
Capaz de movimentar o Titanic dentro do corpo
Diga-me e repita se for preciso
Que tu irás ficar comigo
E que o balanço do seu compasso
Se multiplica e embaraça no calor de um quente abraço
Sua boca nua enche minha imaginação
Deve haver caldo de pudim de leite
Por debaixo de sua língua carnuda
Que empalidece a maçã mastigada por meus lábios
Pois você é o álcool que embriaga o meu peito
Esquenta e me pega de jeito
É um tiro de canhão no sossego
Você é a maçã do pecado
É um veneno afrodisíaco
Fusão suprema do meu arrepio