Amor aos pedaços
Se o amor evade esmorece muito o coração
Pode-se até a imaginar estranhos obstáculos
Não traga ainda tanta dor para as dificuldades
Distantes das raras joias alegrias sem a razão.
É perverso o todo inválido do cabedal anímico
O pedestal não deixa o motivo desguarnecido
Ao lamentar pela falta de carinho se desfigura
Há tanto medo se passando entre as esculturas.
Não tenha estranheza se não ouvir os sermões
Atire a primeira leitura no pescoço do escrutínio
Se tem sabedoria em sobra empreste ao coração
Insista no velho caprichoso estado da indulgência.
Acabe qualquer silêncio trancado nos pensamentos
Se tiver os cuidados com a viola arremate o coração
Ao menos as sobras não serão alimentos molestados
Vendo-se no espelho do amor, não lhe faltará sonhos.