Violetas Murchas

Murchas flores do jardim

Onde tens sede, saudade do regador

E suas gotas cintilantes na proeza do sol

Onde violetas procuram tais raios

Para que não despetalais

Sua beleza e toda arte única.

Quem sente por ti, pobre ser?

Seres que da terra vieram

Para que a terra leve?

Fins de adubação ou finitude?

Para quem transmitia tamanha inspiração

Hoje está murcha, sem beleza no jardim

Esperando o sentido da sua existência

Que apesar de pacata, era única

E ao mesmo tempo, cheia de várias outras

Com o mesmo ideal, acreditando ser única

E esperando o sentindo do sofrimento

Da dor envelhecida, e do regador.

Otávio M Alves
Enviado por Otávio M Alves em 30/12/2020
Reeditado em 30/12/2020
Código do texto: T7147963
Classificação de conteúdo: seguro