Amor de carnaval/ Saudosas Memórias
Amor de Carnaval
A expressão, a alegria,
Que sorte a minha! Eu pude ver,
Os olhos de Colombina envaidecer
Ao contato com Pierrot.
E no alento do momento,
Noite adentro,
Corpos unidos, vi o amor nascer.
Confetes e serpentinas,
Ao som de marchinhas,
Nos bailes da vida, a espera do amanhecer.
Tão real fosse o sentimento,
O momento, a união.
Luzes acesas, desanimo do folião.
O sons foram desligados,
Adereços retirados, mascaras caídas,
A tristeza também fora minha ao vê-lo partir.
As lagrimas de Pierrot estão no rosto de Colombina, triste sina de uma paixão de carnaval.
A cor do amor, arco-íris de emoção, amanhece cinza, triste sina de um Carnaval que chega ao fim.
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Saudosas memórias
O despertar ao som de Mary no rádio,
O cheiro do café inebriante, recém coado,
O longo abraço e o perfume afeiçoado,
No seu beijo a cura, meu remédio.
Amor, um dueto pintado na tela,
Roupas tingidas de prazer, puro deleite,
Cabelos revoltos com flores, mero enfeite,
Fogo eterno como a chama da vela.
Jeans rasgados, tênis surrados e aqueles olhos ardentes,
Sorriso contido no rosto expressivo, desejo mais intimo,
Alma gêmea, metade minha, triste sina.
Dedilhar de cordas na noite fria, estrelas cadentes,
Mãos dadas, destino incerto, contato último,
Dor aguda, esquecimento, superação que não se ensina.