ROMANCE PROIBIDO

Consultei ao espelho de minha alma,

sobre o que fazer com esse romance proibido.

Estamos perdidos em cena neste vasto mundo.

Eu, com minhas roupas velhas e rasgadas.

Ela com seus sapatos novos a brilhar.

Somos duas almas, vida e ser.

Ela uma menina carente

a recitar seus versos mudos.

Eu com meu coração sonhador,

transformo-me em água e luz,

na esperança de alcançar novos rumos.

Meu amigo, por favor, não me faça

tanto questionamento sobre o tempo.

Pois guardo comigo,

a revoada dos pássaros que mim contaram

os segredos do vento.

Assim,

prefiro ser oculto dentro dessa divina fantasia,

a ter a certeza do gostar desse amor encantado.

Não saia por aí saracoteando

as portas do antigo cabaré, pois,

a força do amanhã, nunca nos chega por acasos.

As evidencias-nos deixa bastante claro,

que essa mistura de mim,

não é apenas um verso bonito,

ou ode ao sol, pois a síntese do amor

deve sempre ser vivida

como uma vida ardente em chamas.

Tomei a decisão

de não mais fazer parte do conto do dia.

Assim deixarei de ser

a batata na porta dos famintos,

ou o queijo com goiabada

para aliviar a dor de amor.

E nas aspirações de anjos, realizarei seus sonhos.

Ah! Quem dera se ao fechar meus olhos,

eu pudesse ter você novamente, amor meu.

Uma rosa eu daria

a quem me trouxesse notícias suas

e pra você, eu lhe entregaria

todo o meu amor, de presente.

*Esse texto foi composto, usando todos os 39 títulos, já publicados até hoje, dia 27 de dezembro de 2020, no Recanto das Letras, pela escritora e poetisa, Sandra Laurita.

Alfenas (MG), 27 de dezembro de 2020.

Tadeu Lobo
Enviado por Tadeu Lobo em 27/12/2020
Reeditado em 28/12/2020
Código do texto: T7145398
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