Quem é Você?
Todavia, a reporto!
Por ser desconhecida
Ser a mente súbita
Lembrança não vivida
Anedota utópica de uma corrente atemporal
Como em missas e procissões
Trazem a beleza de uma Santa
Presa e com o olhar misericordioso.
Faço e refaço cada traço
Com palavras enrugadas, tão pouco ditas
Versos marcantes
Composições depravadas
Sonetos, sombra de duetos e mais!
Como quem tem asas, pairo sobre o abismo
Danço sobre a vertente cheias de poréns
A todos gozos, uma única dívida
Do cadáver, sou apenas o movimento
A matéria enérgica com consciência
Diluída daquilo que chamam de verdade
Verdade absoluta e parva
Sempre carregado do pensamento
Realidade maravilhosa por ter fim
Intervalo de instantes e junções.
E você, ainda desconhecida...
Assim como milhões
Com idéias e gêneros totalmente adversos
E fontes em decomposição, fins de frutos
Sementes, e morte...