Quem é Você?

Todavia, a reporto!

Por ser desconhecida

Ser a mente súbita

Lembrança não vivida

Anedota utópica de uma corrente atemporal

Como em missas e procissões

Trazem a beleza de uma Santa

Presa e com o olhar misericordioso.

Faço e refaço cada traço

Com palavras enrugadas, tão pouco ditas

Versos marcantes

Composições depravadas

Sonetos, sombra de duetos e mais!

Como quem tem asas, pairo sobre o abismo

Danço sobre a vertente cheias de poréns

A todos gozos, uma única dívida

Do cadáver, sou apenas o movimento

A matéria enérgica com consciência

Diluída daquilo que chamam de verdade

Verdade absoluta e parva

Sempre carregado do pensamento

Realidade maravilhosa por ter fim

Intervalo de instantes e junções.

E você, ainda desconhecida...

Assim como milhões

Com idéias e gêneros totalmente adversos

E fontes em decomposição, fins de frutos

Sementes, e morte...

Otávio M Alves
Enviado por Otávio M Alves em 27/12/2020
Reeditado em 27/12/2020
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