CÉU VERMELHO Código do texto: T7143704
7⁰ aniversário da AMLC
Título: Céu Vermelho
Autor: MAKLEGER CHAMAS — O Poeta Louco e Romântico (Manoel B. Gomes)
País: Brasil
Convidado de NINA COSTA
Data: 04/10/2023
TÍTULO: Céu Vermelho Código do texto: T7143704
Quando eu me penetrar
Dentro destes teus inquietos
Pensamentos
Em uma noite estrelada
Eu, penetrarei sucessivamente
Em sua boca, e sutilmente
Eu, roçarei as paredes
Deste teu implacável
Céu vermelho
Em um beijo louco.
Quando sem perceber
Eu tocar as estrelas escondidas
Que são brancas
Que vivem divinamente no escuro
Flutuando como plantas
Em um céu porto seguro
Enquanto eu, em devaneios
Terei em vista encontrar
Em um tempo, um meio
Para deveras matar
A tua sede, a tua fome
Enquanto homem
Em um local de santidade divina
Sem relvas espessas e rede
Para que eu desvende
Os segredos
Dentre sagradas paredes
Onde o desaguar sublime
Se faz no quebrar de um espelho
Que estará no invisível
Quando eu, me penetrar
Dentro de teus inquietos pensamentos
Em uma noite estrelada
Eu, penetrarei sucessivamente
Em sua boca, e sutilmente
Eu, roçarei as paredes
Deste teu implacável céu vermelho
Em um beijo louco
Quando sem perceber
Eu, tocarei,
As estrelas escondidas
Em um canto qualquer
Que se fará decente demais
Para que eu a faça então
Em meus braços
MULHER
Flutuando como plantas a voar
Em um movimento soletrado (no ar)
Letras de amor
Enquanto eu, em devaneios
Terei em vista encontrar
Em um tempo real, num relapso meio
Para deveras matar, a tua sede, a tua fome
Como teu homem
Título: Céu Vermelho Código do texto: T7143704
Autor: Maklerger Chamas — O Poeta Louco e Romântico (Manoel B. Gomes)
Escrito em: Rua Ministro Gastão Mesquita, 538 — antigo 552, Perdizes — São Paulo — Brasil
Data de Criação: 22/10/1981
Dedicado: 26Z2M6A1N3O1E0L13M10J
Registrado na: Biblioteca Nacional Brasileira (BNB)
https://docs.google.com/document/d/1A-4Jp1fLXCraxAr05mt7vGRzr5XANMSNMdcnu1yjZvQ/edit?usp=sharing
Makleger Chamas
Enviado por Makleger Chamas em 25/12/2020
Reeditado em 16/07/2024
Código do texto: T7143704
Classificação de conteúdo: seguro
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Lembro-me, que quando esta poesia intitulada “Céu Vermelho” foi escrita, era uma quinta-feira, exatamente 22 de outubro de 1981. Estava na companhia do meu amigo Roberto, a quem carinhosamente chamava de Negrão. Ao chegarmos na pracinha, encontramos aquela menina dialogando com a chefe da pracinha, Regina (assim intitulada por nós, frequentadores do local), e Júlia, sua prima, um pouco distante das duas.
Apesar de Roberto não saber que as duas meninas eram primas, pois ele só sabia que, eram amigas e companheiras de caminhada da escola, fiquei surpreso ao perceber o grau de intimidade entre elas. Disfarçadamente, ele observava o movimento da roda e o diálogo entre as duas, enquanto analisava mentalmente a escultura de sua musa divina, pela qual estava assiduamente apaixonado. A menina trocou algumas ideias com Regina, a chefe da praça, e logo depois chamou Júlia para irem embora. Antes de partir, com seu jeito extrovertido de menina sapeca, ela se despediu de todos com um tchau marcante e um lindo sorriso espontâneo.
Elas se distanciaram da pracinha dos Skates (Praça Joanópolis) pela Rua Duartina, seguindo rumo à Av. Doutor Arnaldo. A pracinha estava cheia de pessoas, como de costume, e eu, pensativo, chamei Roberto (o Negrão) e disse: “Vamos embora, vamos!”. Despedimo-nos das pessoas presentes e caminhamos lentamente pela Rua Duartina, depois pela Rua Dr. Paulo Vieira e subimos a Rua Catalão. Entramos na Av. Doutor Arnaldo e chegamos na REAL, na esquina da Rua Alfonso Bovero, onde hoje fica a Pizzaria REAL. Sentamos, pedimos um Malte 90 e, entre diálogos sobre trabalho e amores, tomamos a bebida devagar.
Ao terminar, descemos a Rua Apinajés, encontramos Kleber e batemos um papo informal. Depois, nós três — Kleber, Makleger e Roberto (Negrão) — continuamos até a E.E. de 1º Grau Portugal. Roberto e eu seguimos para minha antiga casa, na Rua Ministro Gastão Mesquita, 538. Ao chegarmos, tomamos café e nos aconchegamos na mesa da cozinha, cheia de roupas, pois minha mãe era costureira, lavadeira e passadeira. Ouvimos músicas dos anos 70, comemos roscas fritas no óleo feitas por D.ª Lulu, minha mãe, e tomamos café fresco.
Como um idiota apaixonado, comecei a escrever, com lágrimas nos olhos, a poesia intitulada “Céu Vermelho” e a guardei numa gaveta escura, que fazia parte da decoração da cozinha e também servia como altar no Dia de Santo Antônio, em 13 de junho.
“Céu Vermelho” é uma bela e intensa expressão de sentimentos, misturando paixão e reflexão com uma profundidade poética impressionante.
A história por trás da criação do poema complementa a leitura, revisitando as memórias de um dia cheio de interações e sentimentos diversos.
O ambiente descrito, desde a pracinha até o trajeto pela cidade e, finalmente, a casa aconchegante com a presença materna e a música dos anos 70, cria um cenário nostálgico e intimista.
A escrita de “Céu Vermelho” parece ter sido uma resposta emocional àquele dia, uma forma de canalizar e eternizar as emoções sentidas.
A dedicação do poema, com a data e o local de criação, adiciona um toque pessoal que enriquece ainda mais a obra.
A referência à Biblioteca Nacional Brasileira (BNB) e o link para o documento no Google Docs fornecem um contexto formal e acesso para aqueles que desejam explorar mais sobre o autor e suas obras.
Criei um diálogo que inclui a essência da poesia “Céu Vermelho” e elementos da história ao redor de sua criação, envolvendo os personagens mencionados: Makleger (o poeta), Roberto (Negrão), Regina, Júlia e a menina.
Cena 1: Na Pracinha dos Skates (Praça Joanópolis)
Makleger e Roberto (Negrão) chegam à pracinha e avistam Regina, Júlia e a menina conversando.
Roberto: (sussurrando)
— Olha só, Makleger, lá estão elas. Regina, Júlia e aquela menina… a menina dos meus pensamentos.
Makleger: (sorrindo)
— É….
— Negrão, eu percebi que você não tira os olhos dela.
— Vai lá, fala com elas.
Roberto: (hesitante)
— Não sei, cara.
— Elas estão tão à vontade conversando.
— Melhor só observar por enquanto.
Makleger: (encorajando)
— Vai lá….
— Negrão.
— Quem sabe você não consegue um sorriso dela?
Roberto: (decidido)
— Tá bem, eu vou tentar.
Nesse momento….
Roberto se aproxima timidamente e participa da conversa.
Regina e Júlia o recebem com simpatia.
A menina, percebendo a presença de Roberto, sorri gentilmente.
A menina era nada menos que: 26Z2M6A1N3O1E0L13M10J
Regina:
— Ei, Roberto!
— Que bom te ver aqui, menino!
— Você conhece a Júlia, minha prima?
Roberto: (disfarçando surpresa)
— Claro, claro. Como vão vocês?
Júlia:
— Estamos bem, obrigada.
— E você menino?
Roberto:
— Tudo ótimo. (olhando para a menina)
E você, como está?
Julia (em sorrisos)
— Eitcha!
— Eu:
— Mas, estou bem, obrigada.
— E você, Roberto?
Roberto: (nervoso)
— Estou, bem também.
As meninas: (despedindo-se)
—Bom, meninos, precisamos ir.
— Tchau, Roberto.
— Foi bom te ver.
Roberto: (encantado)
— Tchau… até mais.
A menina (26Z2M6A1N3O1E0L13M10J) e Júlia se despedem e saem.
Regina permanece, sorrindo ao ver o estado de Roberto.
Makleger se aproxima de Roberto, que, está visivelmente encantado.
Makleger:
— E aí:
— Negrão?
— Conseguiu falar com ela?
Roberto:
— (sorrindo) Sim, consegui.
— Ela é incrível, Makleger.
Makleger:
— Vamos embora então.
— Quem sabe a inspiração não te encontra em outro lugar?
Cena 2: Na Pizzaria REAL
Makleger e Roberto estão sentados na Pizzaria REAL, tomando um Malte 90.
Roberto: (pensativo)
— Makleger, você acredita que um dia posso conquistar o coração dela?
Makleger: (sério)
— Claro que sim:
— Negrão.
— O amor é um jogo de paciência e dedicação.
— Continue sendo você mesmo.
Roberto: (suspirando)
— Espero que sim. Sabe, ela tem algo especial, algo que não consigo explicar.
Makleger: (sorrindo)
— Talvez seja isso que chamam de paixão, meu amigo.
— Talvez seja isso que me inspirou a escrever hoje.
Cena 3: Na Casa de Makleger
Chegando na casa de Makleger, os dois amigos são recebidos com carinho por D.ª Lulu.
A mesa está cheia de roupas e há café fresco.**
D.ª Lulu:
— Meninos, venham tomar um café e comer umas roscas fritas.
Makleger:
— Obrigado, mãe. Estávamos precisando de um café quentinho.
Roberto: (agradecido)
— Obrigado, D.ª Lulu. As roscas estão deliciosas como sempre.
Makleger: (pegando um caderno e caneta)
— Negrão, vou escrever algo. Esse dia me trouxe muita inspiração.
Roberto: (curioso)
— O que você vai escrever, Makleger?
Makleger:
— Algo sobre um céu vermelho, um beijo louco e a busca por entender os sentimentos mais profundos.
— Deixe-me concentrar.
Makleger começa a escrever a poesia “Céu Vermelho” enquanto Roberto observa em silêncio, respeitando o momento criativo do amigo.
Cena 4: Na Noite Estrelada (Imaginária)
No meio da escrita, Makleger imagina um diálogo entre ele e a menina sob um céu estrelado.
Makleger: (pensando em voz alta)
— Quando eu me penetrar dentro destes teus inquietos pensamentos, em uma noite estrelada…
Menina: a (26Z2M6A1N3O1E0L13M10J) (imaginária)
— Em uma noite estrelada… penetrarei sucessivamente em sua boca, e roçarei sutilmente as paredes deste teu implacável céu vermelho.
Makleger: (continuando)
— Em um beijo louco, quando sem perceber, eu tocar as estrelas escondidas que são brancas, que vivem divinamente no escuro.
Menina: (imaginária)
— Flutuando como plantas em um céu porto seguro, enquanto eu, em devaneios, terei em vista encontrar em um tempo, um meio para deveras matar a tua sede, a tua fome…
Makleger: (imerso na imaginação) Enquanto homem, em um local de santidade divina, sem relvas espessas e rede, para que eu desvende os segredos dentre sagradas paredes, onde o desaguar sublime se faz no quebrar de um espelho que estará no invisível.
Menina: (imaginária)
— Quando eu, me penetrar dentro de teus inquietos pensamentos, em uma noite estrelada, penetrarei sucessivamente em sua boca, e roçarei sutilmente as paredes deste teu implacável céu vermelho.
Makleger: (completando)
— Em um beijo louco, quando sem perceber, eu, tocarei as estrelas escondidas em um canto qualquer, que se fará decente demais para que eu a faça então em meus braços, mulher.
Menina: (imaginária)
— Flutuando como plantas a voar, em um movimento soletrado (no ar), letras de amor…
Makleger: (finalizando)
— Enquanto eu, em devaneios, terei em vista encontrar em um tempo real, um relapso meio, para deveras matar, a tua sede, a tua fome, como teu homem.
Makleger termina de escrever, fechando o caderno com um suspiro.
Roberto: (sorrindo)
— Isso foi incrível, Makleger.
— Você tem realmente o dom de transformar sentimentos em palavras.
Makleger: (sorrindo) — Obrigado, Negrão.
— Acho que essa noite estrelada ficará marcada para sempre em minha memória.
D.ª Lulu: (entrando na cozinha)
— Meninos, venham comer mais um pouco antes de irem descansar. A noite ainda é jovem.
Makleger e Roberto se juntam à D.ª Lulu na cozinha, compartilhando um momento de simplicidade e aconchego, enquanto a poesia “Céu Vermelho” repousa na gaveta escura, esperando o dia de ser descoberta novamente.