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UM POEMA DE ANNA LUCIA GADELHA
Quando à noite desfolho e trinco as rosas
É como se prendesse entre os meus dentes
Todo o luar das noites transparentes,
Todo o fulgor das tardes luminosas,
O vento bailador das Primaveras,
A doçura amarga dos poentes,
E a exaltação de todas as esperas.
A RÉPLICA
Quando na manhã te acordo, expetante,
Ansioso por te ter nos braços,
Antevejo o momento em que, hesitante,
Cederás perante meus ardentes abraços
E entre suspiros de delirar,
Teus beijos me deixarão como num sonho,
De que nunca quererei acordar.
FERREIRA ESTÊVÃO