Limerência

Não era o vento que me embalava

Não era azul o céu que eu via

Mas de tão cego eu não olhava

Pois me assustava o que seria

Não era a rosas que ela cheirava

Não era para mim sua alegria

Mas de tão boba eu suspirava

Achando que por mim ela vivia

Não era minha cama com que sonhava

Nem meu abraço ao fim do dia

Era apenas um olhar curioso

De ausência sua e eu não sabia

De tão dura a realidade esfria

É que não quero olhar para fora

Mas aqui dentro eu já não posso

Preciso ir, em travessia

Vitoria Macedo
Enviado por Vitoria Macedo em 22/12/2020
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