Limerência
Não era o vento que me embalava
Não era azul o céu que eu via
Mas de tão cego eu não olhava
Pois me assustava o que seria
Não era a rosas que ela cheirava
Não era para mim sua alegria
Mas de tão boba eu suspirava
Achando que por mim ela vivia
Não era minha cama com que sonhava
Nem meu abraço ao fim do dia
Era apenas um olhar curioso
De ausência sua e eu não sabia
De tão dura a realidade esfria
É que não quero olhar para fora
Mas aqui dentro eu já não posso
Preciso ir, em travessia