Deserto do Amor
Deserto do Amor
Areias escaldantes só que sinto
Nos meus pés cansados
Perdido nessa imensidão de nada
Olho para todos os lados
Gritos ouço por todos os cantos silêncio
São ecos do meu coração no passado
Suplicas por carinho pouco de atenção
Do amor algo tão escasso!
Em tantas fontes me debrucei
Nem uma gota tinha alcançado
Sede lacra minha garganta
Sufoco nesse deserto de amor
Avisto um oásis de longe
Meu coração disparou
Lá existe um olho d’água
Uma nascente de amor
Corro já cansado me atiro
Sobre essa fonte que jamais secou
Às vezes à agua deixa à fonte
Mais nunca uma fonte a deixou
Bebo pra matar minha sede
Sacio minha alma carente
Pois nessa nascente cristalina
Brota o mais puro néctar do amor.
Ricardo do Lago Matos