Aflições - Poesia 1
No cair da noite ansiada de aconchego, aguardo…
Aguardo nascituro de um sentimento impreciso ou será uma emoção.
Sentimentos são suficientes, seguros e precisos, enquanto emoções são paixões que duram o suficiente para terminar.
Enfim, aguardo...
O palpitar desenfreado do coração, os pensamentos avoados, as borboletas batem suas belas asas dando a sensação de sempre ser a primeira vez.
Meu estômago se assemelha a um jardim francês a perder de vista, rodeado das asas coloridas que pulsão o sentimento da chegada.
Concisa de que tenho um dia de vida vivo isso.
De amanhecer a entardecer, de madrugada ao meio dia, experimento.
Árdua e em vão a preocupação em desvendar os múrmuros dessas sensações.
Dias sim outros também, sonho com a consumação do que já aparenta estar consumado.
Mas afinal o que é se não o amor.
Aquilo que dá vida e mata.
Que dá folego e morre sufocado.
Que alimenta e morre desnutrido.
Que sacia e mata de vontade.
Não importa mais a definição, desço, você chegou, mais uma noite de prazeres me aguarda, deixo para depois...
18 de outubro de 2011.
2:12 a.m.