Aflições - Poesia 1

No cair da noite ansiada de aconchego, aguardo…

Aguardo nascituro de um sentimento impreciso ou será uma emoção.

Sentimentos são suficientes, seguros e precisos, enquanto emoções são paixões que duram o suficiente para terminar.

Enfim, aguardo...

O palpitar desenfreado do coração, os pensamentos avoados, as borboletas batem suas belas asas dando a sensação de sempre ser a primeira vez.

Meu estômago se assemelha a um jardim francês a perder de vista, rodeado das asas coloridas que pulsão o sentimento da chegada.

Concisa de que tenho um dia de vida vivo isso.

De amanhecer a entardecer, de madrugada ao meio dia, experimento.

Árdua e em vão a preocupação em desvendar os múrmuros dessas sensações.

Dias sim outros também, sonho com a consumação do que já aparenta estar consumado.

Mas afinal o que é se não o amor.

Aquilo que dá vida e mata.

Que dá folego e morre sufocado.

Que alimenta e morre desnutrido.

Que sacia e mata de vontade.

Não importa mais a definição, desço, você chegou, mais uma noite de prazeres me aguarda, deixo para depois...

18 de outubro de 2011.

2:12 a.m.

Roberta Graciani
Enviado por Roberta Graciani em 15/12/2020
Reeditado em 15/12/2020
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