ALÉM DO MUNDO



Declamarei sonhos além do mundo,

Direi palavras no clarão veloz,

Com toda voz, em cada céu profundo,

No amor fecundo que naufraga em nós...




E quando o dia vier sem vício,

Quando a noite cair, ilesa,

Nesse sentimento além do precipício,

O amor virá na vida, em correnteza...




Veja, pois, o tempo que se vai sem calma,

Em cada movimento que supera a dor,

No sonho denso e lento a mergulhar na alma,

Esse mar na palma do que há de amor !



E se tudo é labirinto de nossas emoções,

Sinto a luz do enigma profusamente humano,

Entre céu e mente, nas constelações,

Além das intempéries desse mundo insano...



Pois o tempo é o símbolo da incerteza,

E, como vai o vento, também nos vem a cor,

Da vida em dias, como correnteza,

Transbordando em versos nos clarões de amor. 

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