Para Alguém?
Ó carinho que te tenho no brusco
Meu pobre desejar teu que muito busco
Eu sou um fogareu forte do coração
Me envolvo em flertes de ti arribação
Carinho em paixões eu canto solidão.
Ó meu pecado da alma em si falado
No errado ao qual me perdi calado
Lampejos do pecado em mim tão vil
Como que nascido no terror derrepente
Ao espírito arredio do ser intangente.
Viajando aos muitos floreios
Num vinho maldito do ser embriagado
Querendo o mesmo amor ardente um pecado
Sou pobre homem no lume carente enamorado
Ó carinho que me angustia descrente solitário.
O andar é de fugas em muita dor
Meu corpo amparo não sente assim tanta ilusão
Ó menino afogado em prestos de macambúzio
Por maior loucura o carinho isto incremente
Pois, a paixão ensina que amar é vã canção de poéticos dengos.