Amargo
Eras que se findam e dores que se escondem
Na melodiosa inconstância da chuva penso,
Envelopando e guardando aquilo que é amargo
Inalando em si o prazer da simples da solidão
Porém, conformado com a dor
Numa sensação de jubilo
Fechando cada carta de tristeza,
Apesar da jovialidade para tanto sofrimento,
E sim, estou vivo e revigorado
Respirando sangue, porém com vida,
Na dor inconstante de me reconstruir, sigo.
No passo dolorido de caminhar em vias tortuosas reflito,
Mas não vou desistir do ato incomensurável de amar
Por que viver em dor é meu legado
E na memória de minhas alegrias reviverei
E na noite de minhas tristezas ressuscitarei
Assim voltarei, sempre voltarei
Naquela que me é por conforto e gracioso sentimento
De olhar e sorrir de beijar e palpitar o peito
De estar e se abraçar, de dançar sem se preocupar
No simples ato de voltar a amar.