Amargo

Eras que se findam e dores que se escondem

Na melodiosa inconstância da chuva penso,

Envelopando e guardando aquilo que é amargo

Inalando em si o prazer da simples da solidão

Porém, conformado com a dor

Numa sensação de jubilo

Fechando cada carta de tristeza,

Apesar da jovialidade para tanto sofrimento,

E sim, estou vivo e revigorado

Respirando sangue, porém com vida,

Na dor inconstante de me reconstruir, sigo.

No passo dolorido de caminhar em vias tortuosas reflito,

Mas não vou desistir do ato incomensurável de amar

Por que viver em dor é meu legado

E na memória de minhas alegrias reviverei

E na noite de minhas tristezas ressuscitarei

Assim voltarei, sempre voltarei

Naquela que me é por conforto e gracioso sentimento

De olhar e sorrir de beijar e palpitar o peito

De estar e se abraçar, de dançar sem se preocupar

No simples ato de voltar a amar.

Ed Martins
Enviado por Ed Martins em 11/12/2020
Código do texto: T7133129
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