FUI AO DOUTOR
FUI AO DOUTOR
Por estar meio estranho nos últimos dias,
Meu coração batia descompassado,
Fui então me consultar com um médico,
Um grande cardiologista.
Fiz dois exames!
Um é aquele que o doutor,
Com um aparelho bem simples,
Escuta o que diz o coração da gente.
O outro é um que somos,
Ligados por meio de eletrodos,
Em uma máquina mais complexa,
Que desenha em um papel as mensagens,
Sobre o que o coração sente.
Quando o doutor escutava,
A voz que vinha de dentro de mim,
Era o seu nome, e ele era dito vezes após vezes...
E, finalmente, quando o doutor leu as letras,
Desenhadas pela máquina que reproduzia,
A descrição dizia:
O seu nome vezes após vezes...
Isaias Amorim