AMOR DEMASIADAMENTE HUMANO
Em homenagem ao sábio e divino Cartola
Amei, amei, amei, amei...
Amei e aceitei
Amei e apaixonei
Amei e iluminei
Amei e acabei
Amei e rasguei
Amei e cortei
Amei e cansei
Amei com amor
Amei com valor
Amei com dor
Amei com pavor
Amei amor sem comparação
Elas se foram, você ficou
Agora a amo como a ninguém
A desejo e a quero como a mim você fosse
Não busque comparações
Amar é uma arte
Amar é um mistério
O amor é meu
O amor
Não é, e nunca foi delas
Ele está em mim, a mim ele pertence
Elas perderam, eu ganhei, venci e sobrevivi
Por isso, o ofereço com humildade
Não é muito
Sou eu
Não crie dúvidas
Sou mutante, somos mutantes
Não produza mágoas, tudo passou
Ajude-me a preservar o que novamente me invade
A capacidade de entregar, doar, adorar, valorizar, auxiliar, cuidar e amar...
Lúcio Alves de Barros (poesia publicada no livro BARROS, Lúcio Alves de & VILELA, Antônio Henrique. Das emoções frágeis e efêmeras. Belo Horizonte: Ed. ASA, 2006. p. 118 e 119).