Talvez eu fale sobre amor...

O “amor ”tem-se tornado banal

De tão simples é como se pronunciassem “bom dia”

Numa ligação qualquer ou em uma hora vazia

É viral, divertem-se com a palavra assim no dia-a-dia

Aliás, fazem das redes sociais uma eterna fantasia.

Coitado, o amor vem sendo manipulado e não vivenciado

Exibido e não compartilhado

Ele virou moda por aí

Trocam o “look” em cada estação

Que tolice! Procurei um dia achar uma substituição

para a imperfeição que o verbo amar tinha-se tornado

Que pena! Já tinha- o racionalizado

E, portanto, esqueci por um momento o seu real significado...

E vejam só, ele estava em todas as coisas...

Por que então insistem em limitá-lo?

Pois em nossa volta é possível percebê-lo.

Desse amor que está contido no soneto de Camões

Ou nas letras de Nando Reis

Na simplicidade da vida e nas singelas canções

Num sorriso diferente e sincero, que destaca nas multidões

Um amor romantizado ou universal

Quando verdadeiramente desperto, é vibracional!

Encontra-se também numa mão estendida, numa palavra amiga

Num abraço apertado, um sorriso nos lábios

Está presente nas palavras dos mestres orientais e ocidentais

Na natureza e em todas as suas manifestações essenciais

Pode percebê-lo num olhar profundo

Num verso escondido

Ou num cantinho no seu mundo

É transcendente e preciso, é deixar-se perder e encontrá-lo no paraíso...

É uma pena que esse amor ainda é tão desconhecido e incompreendido

Os limitam somente entre homem e mulher, pais e filhos

O amor é arte, está na arte, é mais do que isso:

Está em Eros, Psiquê,Ágape ou Philia

Sim! Todos têm a sua magia.

O amor nasce de dentro para fora, ame-se primeiro

Só então estará pronto para distribuí-lo

Do contrário, só trará sofrimentos e apegos,

E esse apego é inimigo traiçoeiro

É quando o seu próprio amor adoece, torna-se vazio

E a intenção é tornar-se inteiro.

Porque todo amor é livre

Jamais deve ser aprisionado,

É lindo quando disseminado com atos

E não no grande erro de palavras vazias

Que se findam em dias.

(Michele de Vênus, de 23 de fevereiro de 2016 (ideia inicial e deixei de lado) e finalmente aperfeiçoado e finalizado em 16 de Janeiro de 2018)- fase de transições 2016/2018).

Michele de Vênus
Enviado por Michele de Vênus em 08/12/2020
Reeditado em 22/11/2021
Código do texto: T7130578
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