CIGARRAS
O CANTO DA CIGARRA
Sinistro canto das cigarras!
Nas suas amarras temporais
Atarracadas nas cascas,
Cantam seu canto lamento...
No seu devido tempo elas
Aparecem e desaparecem,
Após um lapso nas janelas
Das tardes... Lamentos ou
Alegrias?... Vá saber? Mistérios!
Vê-se, que, seus cantos lamentam
Algo!... Inexplicáveis são seus gestos!
Cantam à toda força até secarem e morrer!
A todo pulmão elas parecem elevar
Aos céus uma oração final louvando
O verão curto e quente! São eloquentes
Essas cigarrinhas, na curta vida
De cantos lamentos ou alegres!
Notáveis cigarras lamentam nas árvores
Choram ou riem da vida quente...
Caliente elas parecem compreender
O seu súbito “de vir” à vida terrestre!
No cenário rupestre colada aos caules,
Expressam com vigor sua volúpia
Do rápido e célere cantar e o verão amar!
Deixam suas mensagens incompreensíveis...
E, partem à outras esferas em outro cantar!
Jose Alfredo