Devoro
Me equilibro patético
entre a resignação e a esperança.
E escrevo versos
pra ninguém.
Fechar os olhos
é minha tortura,
pois estás tatuado
no verso de minhas pálpebras.
Onde está o
som do teu riso,
se não no eco
que rasga meu coração?
Meu amor,
queria poder arrancar
com os dentes
este sentimento.
Em vãs tentativas,
eu tolo,
o devoro.