Deixar

Eu finalmente te deixo ir,

Como as gotas de água pelo ralo,

Eu finalmente desisti,

Da utopia de te ter ao meu lado

Eu te deixo ir como as nuvens passageiras,

Como os meteoros no céu,

Como a chuva que vai ligeira,

Como as poesias que te fiz no papel...

Foram dois meses e alguns dias,

Uma cicatriz que talvez eu nunca vá superar,

Mas eu te deixo ir de verdade,

Para que um outro alguém possa te amar.

E embora eu não seja mais teu eu lírico,

Tu sempre estará em meu coração,

Por eu sou precipício,

De eterna solidão...

E se eu te deixei ir hoje,

Não preciso que você prometa voltar,

Porque agora que tu fostes,

Sobrou mais tempo para me amar.

Mas não se acanhe,

Porque não quero que você volte,

Provocasse em mim erupções e tsunamis,

Mas eu me salvei,

[Tive sorte.

E de todo amor que você jurou sentir por mim,

Você não me deve mais nada,

Porque eu entendi,

Lar, é onde chamamos de casa.

— e entre eu e você, te deixar ir foi a melhor decisão para essa casa.

Natália Reis de Assis
Enviado por Natália Reis de Assis em 03/12/2020
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