Esqueço-me
Esqueço-me...
Esqueço-me... quando ao fechar meus olhos,
Fico a imaginar nossos momentos...
Impregnaram-se em minha pele como pigmentos...
Eles ainda afogam meu peito,
Tornando-me um barco a deriva,
Em alto mar,
Sem poder nadar...
Presa à uma brisa fria,
Almejando sua companhia...
Gostaria que visse me aquecer...
A saudade faz-me perecer,
Tudo lembra-me você.
Torno-me misteriosa...
Algemada à sensações radiosas.
E detalhadamente meus pensamentos circulam,
E a todo tempo te notam...
Fazendo-me de você minha rota.
E ali... perco-me na delicadeza,
De nossas almas...
Elas se acariciam,
Se amam...
Transformo-me em fragmentos,
Perdidos,
Em fascínios...
Sinto-me anestesiada,
Por sua falta...
Ausência que faz,
Com que eu lhe deseje cada vez mais,
Alicerçando-me meus sentimentos e os deixam mais eficaz...
Almas que se detectam de forma plausível,
Tornei-me intocável,
Somente a você vulnerável...
Onde meu império são os teus braços,
Neles que me desfaço,
E aos meus ouvidos,
Sua voz, soa-me como melhor e favorito...
O que é isso...
Não consigo nem ao menos ser fugitiva do que sinto,
Nem os corações nos culpam por isso...
Mas por esses pigmentos, de tons surpreendente,
Que meu coração te chama e te sente...
Que ainda que não venha te olhar,
Só de fechar os olhos e imaginar...
Esqueço-me completamente,
Por momentos que estão a me aflorar.
Esqueço-me...
Mas nunca esquecerei o quanto é bom te amar...
Lya Souza C.P direitos reservados
#lyacontospoéticos
299/2020