TEMPO DE AMAR

(Sócrates Di Lima)

Esqueci do Eu, perdido nas trevas,

De tudo que pela minha vida passou,

Para renascer sem reservas,

E sorrir novamente e assim eu vou.

Que se dane os que não acreditam,

Que tudo começa e não recomeça, basta querer,

Um novo o tempo em acasos que não se limitam,

A morrer pelo passado e se oportunizar ao viver.

Digo ao meu próprio coração,

Que não tema o que há de vir,

O que virá por certo é maior que paixão,

É experimentar a dois um novo porvir.

E que chamem os pássaros em céu aberto,

Entoando canções da primavera em flor,

Sob um céu de verão decerto,

Dois corpos concretos, explodindo de amor.

Tempo de amar,

Tempo de viver,

Não deixar passar,

Nem permiti-lo morrer.

E que venham as estações,

Que venha o fim do mundo,

A hora é agora, não somos vilões,

Vivamos a loucura de modo profundo.

Que me mate a insanidade do amor,

Não me permito um amor manso,

Como impávido guerreiro da forma que for,

Agarro este amor agora, ou então eu danço.

Assim, é tempo de colher as flores,

Multicolores que crescem sem nunca ter fim,

Plantadas nos jardins que nunca podem parar,

Como a vida vivida em todos os amores,

Quero viver com ela dentro e fora de mim,

neste meu novo tempo de amar.

Assim, espero você chegar,

Como uma borboleta em meu jardim,

Então lhe prometo amar,

Vem...você que pode viver em mim.

Na minha cama espalhei flores,

Para lhe receber por inteira,

Com todos os seus licores,

Quer beber seu amor da minha melhor maneira.

Mesmo nos tons proibidos

onde o tempo não se encaixa em seu pistão,

Viver um dia de cada vez faz sentidos,

não deixa morrer o amor nem a paixão.

Mesmo que o tempo não se encaixe em nós dois,

viver os momentos como se fossem acabar

fazem o corpo e a alma não deixar para depois,

O que se pode viver agora, mesmo na loucura do não amar!

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 02/12/2020
Código do texto: T7125709
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