Rainha de espadas

A rainha de espadas, em seu trono de pedra

Senhora de tudo, suas emoções renega

Sentimento mudo, gritos silenciosos

Ela não escuta, dura. Em sua armadura,

O castelo é de gelo. Ela não se entrega

Portões trancados

com os cadeados do medo

Raramente abre uma brecha e quando acontece, logo se fecha

Há um cavaleiro de copas, desavisado

Apaixonado indo em sua direção,

pronto pra ofertar o amor, um tanto imaturo

Galanteador, meio bobo, mas com boa intenção

Já avista a estrutura de gelo, o trono de pedra

Mas e a rainha de espadas, cadê?

Está analisando, muito bem escondida ela observa...

Ele procura, mas não vê ninguém

De repente, ouve o portão ranger, lentamente abre uma fresta,

Com a espada na mão, leva um susto quando o sujeito lhe oferece o coração

Fechou o portão na cara dele, correu para o trono

Se vestiu elegantemente de razão

Fria, gelada...

Pobre cavaleiro de copas. Teve seu coração partido

Pela rainha de espadas.

Um Eu Lírico Bêbado
Enviado por Um Eu Lírico Bêbado em 02/12/2020
Código do texto: T7125424
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