ANDO MUNDO
No mapa da solidão lá estava eu, sozinho,
um ponto qualquer debruçado no balcão,
diante de mim a velha taça de vinho,
como um navio, só, no cais, meu coração...
Já fui amado tanto quanto pode ser um homem,
criei raízes, do chão fiz parte, aí veio a tempestade,
perde-se tudo, depois do banquete vem a fome,
no riso a lágrima, a tristeza vem, nós invade...
Por força do acontecido passei a por no papel,
a escrever meus sentimentos, a minha dor,
deitei em versos a diferença entre céu e fel,
mal dei conta de escrever a palavra amor...
Fui um pouco mais além de tantas poesias,
tornei em canto os versos vindos do coração,
aprendi a violar para dar mais cor aos meus dias,
hoje ando mundo espalhando minha canção!