AMENIDADES - CANTO XVI - Serei por acaso ?

Hoje quando saio

percebo o silêncio a minha volta,

olho-me muitas vezes espantado,

gosto do silêncio acariciado

mas nem tanto assim, pode causar revolta.

Pergunto muitas vezes a mim próprio

se sou a brisa, o vento

que chega de mansinho ou de tocaia;

por este estado de mistério em contra-tempo

não sei ..... estarei nesta raia ?

Serei por acaso ?

O amanhã, quando não sei nada, pudera .....

nada do ontem, ou será:

não digo nada, quanto mais do hoje, quem dera .....

O que sei então ...... Olhe e verás ......

Peço somente ao tempo

que me deixe contemplar

o perfume das rosas e dos campos.

Mesmo estando desnudo a esperar,

lembro vagamente dos jasmins aos prantos.

E neste último instante

deste hoje, como é doce amar

e belo estes tempos, estas vias, esta herança,

estas alvas praias a derramar

flores molhadas, ternas esperanças.

tabayara sol e sul
Enviado por tabayara sol e sul em 27/10/2007
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