Tempo de amar, tempo de chorar
A chuva desaba em meu coração
Uma pesada chuva de lágrimas.
Eu olho para o infinito
E o céu nublado e bonito
Esconde as almas perdidas
Por amores navegados na solidão.
Uma dor prateada e penetrante
Usa da poesia alívio e oração.
Pedaços de horizontes quebram-se
Nas cordas ardentes do meu coração.
E tão distante voa-se um cavalo alado
Perdido numa via branca e pura
E as lágrimas viram chamas de loucuras.
E eu beijo a boca reluzida pelo vento
Que magoa, vocifera e rasga as vestes
De sedas de meu imortal contentamento.