Em branco

Abstenho-me de complexidade

Quando me deparo com a simplicidade

Em uma forma angelical

Me punindo de forma passional

De tão grande foi minha reação

Diante de sentimentos tão puros

Que me fiz isolar a procura de qualquer explicação

Que estejam pautados em ideais duros

Que siga uma corrente de pensamento frio

Simbolicamente representados por um trio

Incompreensão, apatia e medo

Dêmonios que me fazem acordar cedo

Me sentindo infeliz pela ausência de companhia

Olhando para o teto e encarando uma placa que diz: Sorria!

Um quadro que constantemente está mudando

Representando uma sociedade barroca

Que se metamorfa em uma ideia louca

Em um espelho kafkiano

E em todo esse amor sobrenatural

Há reinos em que reina o mal

E há reinos que reinam na ilusão do ser total

Que apaga a real essência do homem mal

A luz apaga a escuridão

Assim como suas asas apagavam meu desespero e comoção

Por um dia calmo e neutro

Sem lembranças de você com outro

Talvez seja o destino da humanidade

Seres vivendo em colônia da bondade

E outros que lamentem a falta de liberdade

Mas o que posso fazer

Se sou aprisionado por você