Ode à alegria: acalento

Quando eu cerro os meus olhos...

E mergulho na profundidade dos seus.

É como se viajasse em teus refolhos.

Em busca dos segredos meus...

Então, como se em transe, me recolho.

Para ouvir o som da Nona Sinfonia.

E me visto em saia de folho.

Para dançar a Ode à alegria.

Mas ao franzir dos seus sobrolhos.

Sinto-me tão fugaz e assim,

É como se os teus cruéis antolhos,

Quisessem te afastar de mim.

Eis que em meus tímpanos acolho

Sua voz numa bela canção. E escolho

A obra do magnífico Beethoven,

Pra acalentar meu agitado coração.

E dizer que é só uma simples paixão

Um sentimento assim? Não ousem!

Adriribeiro/@adri.poesias

Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 19/11/2020
Reeditado em 01/12/2020
Código do texto: T7115729
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