Ode à alegria: acalento
Quando eu cerro os meus olhos...
E mergulho na profundidade dos seus.
É como se viajasse em teus refolhos.
Em busca dos segredos meus...
Então, como se em transe, me recolho.
Para ouvir o som da Nona Sinfonia.
E me visto em saia de folho.
Para dançar a Ode à alegria.
Mas ao franzir dos seus sobrolhos.
Sinto-me tão fugaz e assim,
É como se os teus cruéis antolhos,
Quisessem te afastar de mim.
Eis que em meus tímpanos acolho
Sua voz numa bela canção. E escolho
A obra do magnífico Beethoven,
Pra acalentar meu agitado coração.
E dizer que é só uma simples paixão
Um sentimento assim? Não ousem!
Adriribeiro/@adri.poesias