Poesia pretensa
Hoje pensei:
Escreverei a poesia ideal!
A tal que dita me traga
Conforto na satisfação perene
Rimas perfeitas harmônicas
Vindas de uma ansiosa entrega
Estrofes desvairadas oriundas
De um coração renovado
Pelo enleio da quimera.
Algum canto de louca sirene
Juras e quebrantos do além-mar
Rezas de bom olhado e bem querer...
Hoje pensei:
Criarei enfim a solução final
Para os males do amor impossível
E as dores da tensão passional
Do incompleto e urgente desejo.
Engendrarei a oração alvissareira
Auspicioso soneto que amainará
O agitado vulcão das genitais entranhas
Cálido zéfiro que soprará a calma brisa
Na tépida rigidez da pulsante carne.
Hoje pensei: Vem!
Musa sensual de minhas noites insones
Vem e me despe do formal escopo
E dá-me a força criativa do verbo
E o poder da crua e natural poesia.
Hoje pensei:
Escreverei a poesia ideal!
A tal que dita me traga
Conforto na satisfação perene
Rimas perfeitas harmônicas
Vindas de uma ansiosa entrega
Estrofes desvairadas oriundas
De um coração renovado
Pelo enleio da quimera.
Algum canto de louca sirene
Juras e quebrantos do além-mar
Rezas de bom olhado e bem querer...
Hoje pensei:
Criarei enfim a solução final
Para os males do amor impossível
E as dores da tensão passional
Do incompleto e urgente desejo.
Engendrarei a oração alvissareira
Auspicioso soneto que amainará
O agitado vulcão das genitais entranhas
Cálido zéfiro que soprará a calma brisa
Na tépida rigidez da pulsante carne.
Hoje pensei: Vem!
Musa sensual de minhas noites insones
Vem e me despe do formal escopo
E dá-me a força criativa do verbo
E o poder da crua e natural poesia.