O DESTINO...             


O dia corria trânqüilo, as águas do ribeirinho
Não ondulavam, sem movimento, para onde iriam ?
Indefinido seu curso, parecia sem caminho,
Rodeado dum bosque, as arvores nele refletiam.

Tornara-se ideal à aproximação do amor.
Ali, venturoso casal , entrelaçavam corações,
Pactuando juras sob frondoso pessegueiro,intenso calor,
Observavam o céu, a natureza, a vida, respirando afeições.

Ela de roupa esvoaçante, estampada, ambiental,
Vivia momentos inesquecíveis de paixão, livre para amar.
Ele robusto, pele bronzeada, retornara do litoral.
A brisa do mar mudara seu visual, estava a acompanhar.

Antes de se acomodarem na relva, oscularam rápido.
O primeiro abraço ternuroso, transpareceu o bem-estar,
As juras de amor flutuavam ao vento, tinham-se aderido,
Começaram imaginar os destinos, ampliando o pensar.

As nuvens para onde iriam, qual seria o seu fim.
Depois olharam o pessegueiro, as folhas que caiam não voltavam,
Igual o beijo anterior, tinha mais sabor que aquele de cetim.
Dois frutos se desprendem, caem no rio, a correnteza os levam!

Foram aos poucos sumindo, deteriam sem poder prosseguir,
Deles germinariam outra família, seria igual à original ?
E os dois enamorados, a carícia nos lábios predizia o porvir,
Queriam continuar o afeto, acreditando amor eterno - AFINAL!

SMELLO = Alberto Frederico.
smello
Enviado por smello em 26/10/2007
Reeditado em 13/12/2009
Código do texto: T711229
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