Lágrima poética
Apenas uma dose de veneno
e serás morta assim, tal como eu.
De certo não te lembras que doeu
o beijo que escondeu o teu aceno.
Mas este mundo grande é tão pequeno,
que todas as nossas dores servirão
de lenimento à dor do coração
e nosso amor, enfim, restará pleno.
E, então, não saberei se quem morreu
foi o amor ou foi a solidão!
se foi mesmo verdade ou ilusão,
o beijo que calou o teu adeus.
Mas, do teu seio, levo em minha mão
o mosto lacrimoso que verteu.
Apenas uma dose de veneno
e serás morta assim, tal como eu.
De certo não te lembras que doeu
o beijo que escondeu o teu aceno.
Mas este mundo grande é tão pequeno,
que todas as nossas dores servirão
de lenimento à dor do coração
e nosso amor, enfim, restará pleno.
E, então, não saberei se quem morreu
foi o amor ou foi a solidão!
se foi mesmo verdade ou ilusão,
o beijo que calou o teu adeus.
Mas, do teu seio, levo em minha mão
o mosto lacrimoso que verteu.