Poeta teimoso
Que teimosia do poeta
Que por amor morre
Que por amor escreve
Livre e leve se entrega
Que teimosia do poeta
Nas sombras do tempo
Na ausência do silêncio
Por um momento
O corpo em brasas chama
Os versos que tocam os lábios
Os suspiros que encontram a pele
A imensidão no reflexo dos olhos
Que teimosia do poeta
Que insistentemente
Declama seus versos à noite
Encoberto pelo brilho da lua
Mergulha profundamente
Nos mais explosivos e intensos
Prazeres que despertam paixão
Toques aveludados e fascinantes
Que teimoso esse coração de poeta
Que por teu amor chora todas as noites
Que luta ferozmente para esquecer
Uma luta perdida contra o próprio coração
Que teimosia essa do poeta
Insistir apenas neste amor
Da adolescência para a juventude
Dos versos para a imortalidade
Que teimosia essa do poeta
Que teu rosto tem emoldurado na mente
Como o quadro de um paraíso perfeito
E assim continua a escrever...
Que teimosia essa do poeta
Que dissipa com o sussurro das letras
Que guarda mil versos de amor
E cada palavra tem uma marca tua
Talvez não seja o poeta teimoso
Talvez seja este amor vaidoso
Que não aceita te perder
Que apenas aceita você, você e você...