Demasiado Humanos
Humanos são demasiado volúveis
Um dia querem aconchego
No outro, alguma liberdade
Como se coisas excludentes fossem.
Humanos são também difíceis
Pensam que querem algo
Mas deixam de lidar com a verdade
De que simplesmente não se conhecem.
Humanos, porém, são vulneráveis
Sem pestanejar, buscam afago
Idealizam uma sincronicidade
E imersos em fantasias, perecem.
Humanos, fingindo-se amáveis
Deixam fluir um sabor amargo
Ao desdenhar da possibilidade
Do amor que não compreendem.