A DOR DE UM PAI

O sol nasceu no horizonte,

Mas atrás do meu “monte”

Está escuridão.

Pois o que há no meu coração,

É a saudade tua,

Que partindo, deixou minh ’alma nua,

E triste.

Tu eras, nesta vida,

Um “sol”, pra mim!

O meu corpo todo tremeu,

Quando teu corpo feneceu

E me deixou assim...

Eis um monte escuro,

O coração de um pai

Que aos poucos se esvai

E chora em apuro.

Perder um filho amado,

Coração dilacerado

Dor infinita!

Não senti este ardor,

Nem gostaria de senti-lo,

Mas por amor,

Em poesia partilho

Tentando diminuir a dor.

Que seus “montes” voltem a brilhar

Porque em algum lugar,

Alguém precisa que tu estejas iluminado

Para que a sua alma descanse em paz.

Ênio Azevedo

Luciênio Lindoso
Enviado por Luciênio Lindoso em 11/11/2020
Código do texto: T7108927
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