Naufrágio
O balanço incessante sacode o barco
Fujo qual marujo do canto da sereia
Mas sou preso em teus braços
Amarrado por teus laços
Perdido em teus quartos
Em tuas luas cheias
Na multidão de tuas teias
Mas também sou o sangue
Que corre em tuas veias.
O balanço incessante sacode o barco
Num emaranhado de alinhavado
Costuraste-me em teu bordado
Sou prisioneiro livre, atado
Com as linhas invisíveis do teu rendado
Rendido aos fios de tuas rendas
Sigo preso, solto em tuas sendas
Mas também sou quem se farta
De teu farnel, tua merenda.
O barco sacode num balanço incessante
À deriva, da terra bastante distante
Sou de teu amor reclamante
E juntos somos a eternidade
Que habita num átimo, um instante
Sempiterna cumplicidade
Nuvens de prosas vagueiam no mar do céu
Mar de rosas que cerca-se de espinhos
Os quais se põem em meu caminho
E sentenciam-me como a um réu.
O barco sacode num balanço incessante
Naufragamos, mas seguimos adiante
Vamos juntos, da onda, na crista
Há imensidão de águas a perder de vista
Nalguns momentos
É tudo o que nossa vista avista
Mas juntos perseveramos
Ainda que a pique fomos, nadamos
Mesmo distantes, avistamos
E naquela ilha fantástica... chegamos!
O balanço incessante sacode o barco
Fujo qual marujo do canto da sereia
Mas sou preso em teus braços
Amarrado por teus laços
Perdido em teus quartos
Em tuas luas cheias
Na multidão de tuas teias
Mas também sou o sangue
Que corre em tuas veias.
O balanço incessante sacode o barco
Num emaranhado de alinhavado
Costuraste-me em teu bordado
Sou prisioneiro livre, atado
Com as linhas invisíveis do teu rendado
Rendido aos fios de tuas rendas
Sigo preso, solto em tuas sendas
Mas também sou quem se farta
De teu farnel, tua merenda.
O barco sacode num balanço incessante
À deriva, da terra bastante distante
Sou de teu amor reclamante
E juntos somos a eternidade
Que habita num átimo, um instante
Sempiterna cumplicidade
Nuvens de prosas vagueiam no mar do céu
Mar de rosas que cerca-se de espinhos
Os quais se põem em meu caminho
E sentenciam-me como a um réu.
O barco sacode num balanço incessante
Naufragamos, mas seguimos adiante
Vamos juntos, da onda, na crista
Há imensidão de águas a perder de vista
Nalguns momentos
É tudo o que nossa vista avista
Mas juntos perseveramos
Ainda que a pique fomos, nadamos
Mesmo distantes, avistamos
E naquela ilha fantástica... chegamos!