Aonde eu estou?
Estou sei lá, quem sabe por aí perdido.
Estou talvez, num banco qualquer de uma praça.
Estou a ver, os astros sem sentido.
Estou na ternura de uma dama, meio sem graça.
Estou quem sabe, por aí caído.
Estou numa grama qualquer de um pedaço.
Estou talvez a plantear calado.
Estou vai ver, contando estrelas no espaço.
Estou a sofrer em silencio por um amor perdido.
Estou a gastar lágrimas, ao nada, ao léu.
Estou a relutar por este amor ingrato e bandido.
Estou a comtemplar sozinho o vasto Céu.
Estou quem sabe, por alguém aqui esperando.
Estou talvez, no calor do colo de uma profana.
Estou já a pensar que não estou sonhando.
Estou a querer dormir no colo daquela insana.
Estou num quarto qualquer numa cama,
Estou a esperar a mulher que ama.
Estou a ouvir uma voz que já me chama,
Estou naquele fogo que queima.
Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.