Marionete
O amor surge e as palavras faltam
O amor se revela e cala na garganta
Ele nos tira a caneta do papel
Os dedos do teclado
E a razão da conduta
O amor cabe em todas as metáforas
E aí voltamos a escrever
As mãos dela delicadas
Conduzem a caneta na página
Escolhem os dedos no teclado
Voltei da morte para escrever
Celebrei a vida em vinho e versos
Esqueci do passado entre sonhos
A me inebriar de futuro
E me fiz repleto de futuro
Saudoso apenas do futuro
Página em branco a escrever
Guiadas por mãos sedutoras
Leio os versos imerso em ressaca
Eu apenas instrumento desse amor