ROGÉRIO SILVÉRIO O POETA REDIVIVO (OU O POEMA DO POETA DESTRAMBELHADO)

ROGÉRIO SILVÉRIO O POETA REDIVIVO

(OU O POEMA DO POETA DESTRAMBELHADO)

(Escrito por ele mesmo; escrito com a crueldade amorosa de um anjo caído)

Penso, logo insisto.

É que a vida me parece insana

Quando acordo pela manhã

E descubro que ainda estou vivo.

Como é bom ser idiota.

Eu, quando amo,

Torno-me tão bobo

Que desisto de ser poeta

Pra contemplar o sorriso da musa.

Dignidade mirífica do homem do Sul!

Voejam em seus versos,

Nu e excitado por Vênus.

Agora falo com meu melhor amigo:

Eu mesmo!

Que saudade que eu tenho

Daquele poeta que eu nunca

Consegui ser!

É que eu fui poeta em sonhos líricos.

Agora estou afundando

Nos desejos álacres e pueris de amar.

Até agora voei sozinho,

Mesmo acompanhado.

Agora cavalgarei cometas

E estrelas cadentes

No Cosmo ardente

Da minha fantasia pirilâmpica!

(Postado pelo ex-recantista e poeta Rogério Silvério de Farias, em 26/10/2007)