De taberna em taberna

Minha casa são tabernas

Que ficam a beira de estradas

Onde o gole de um bom vinho

Aquece-me na madrugada,

Vago sem rumo o dia todo

E um cachorro me acompanha

Mesmo na chuva ou no sol forte

Ele é fiel e me dá sorte,

Não tenho vestes adequadas

Para ser um cavaleiro nobre

Sou apenas um simples trovador

Que desejas uma bela morte,

Levo uma bolsa comigo

De couro legítimo e forte

Nela carrego segredos,

Um pouco de fumo e um vinho do norte.

Ao peito apoio meu violão

E minha voz ao longe ecoa,

De suas casas saem todos

Mas o que interessa-me são as moças,

Belas, formosas, doces, delicadas,

Várias delas vejo aos montes,

E de amores me farto

Na madrugada com as amantes.

Vida vazia mais cheia de amores

Às vezes penso me juntar a alguém,

Comprar uma casinha e por lá ficar,

Mas a vida que levo é boa também.

Agora de vocês me despeço,

Vou ver alguém no vilarejo seguinte

Se não for uma linda donzela,

Será um belo copo de uísque, pois...

Minha casa são tabernas

Que ficam a beira de estradas

Onde o gole de um bom vinho

Aquece-me na madrugada.

Diogo Carmona
Enviado por Diogo Carmona em 04/11/2020
Código do texto: T7103872
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.