COLHEITA
colho as palavras de sua boca
com a ânsia de entender
o que vai em sua alma
apanho-as como flores brancas
toco as pétalas orvalhadas
e faço-me líquida
danço em suaves movimentos
em bailado sísmico
e você, incrédulo, se faz terra
recebendo minha flor,
e para meus delírios
germino-me entre chuva de carinhos
são tantos segredos embutidos
que escorrem pelas minhas mãos
como aqueles rios mansos
em águas constantes e plenas
naquelas tardes floridas de setembro
interiorizo-os sem tentar entendê-los
eles são aquelas valas
onde tropeço em meus sonhos
debruçando-me no parapeito imaginário
daquela ponte solitária
que une a sua vida à minha solidão
e lá eu derramo todas as minhas lágrimas
nas águas agitadas e por vezes calmas
das minhas tão mesmas ilusões
colho as palavras de sua boca
com a ânsia de entender
o que vai em sua alma
apanho-as como flores brancas
toco as pétalas orvalhadas
e faço-me líquida
danço em suaves movimentos
em bailado sísmico
e você, incrédulo, se faz terra
recebendo minha flor,
e para meus delírios
germino-me entre chuva de carinhos
são tantos segredos embutidos
que escorrem pelas minhas mãos
como aqueles rios mansos
em águas constantes e plenas
naquelas tardes floridas de setembro
interiorizo-os sem tentar entendê-los
eles são aquelas valas
onde tropeço em meus sonhos
debruçando-me no parapeito imaginário
daquela ponte solitária
que une a sua vida à minha solidão
e lá eu derramo todas as minhas lágrimas
nas águas agitadas e por vezes calmas
das minhas tão mesmas ilusões