Katana

Aquecido no fogo da paixão

Em marteladas da desilusão forjado

Num choque resfriado, endurecido coração

Cutelaria que o deixou bem amolado

E hoje seu sofrimento é Katana

Como num Samurai, uma extensão do seu corpo

Foi tudo culpa daquela fulana

Que o deixou largado, semimorto

Hoje amores passam ao longe assustados

Pois ele mostra acima da cabeça seu sabre

Para descer de norte à sul num desavisado

Com velocidade, afiação e sem zigue-zague

A compaixão, ele deixa para os fracos

Para neutralizar sua dor só com outra impingida

Mas dois e menos dois é igual à quatro

Nesta louca matemática da sua ferida

Então, percebendo que a guerra está vencida

A inoxidável justificativa para o destino que o atrai

Num Haraquiri que torna virtuoso um suicida

A Katana busca o estomago no código de honra Samurai