CAIS...

Uma noite quase fria anunciava

Seria especialmente única e envolvente

A ansiedade era habitual a tal contexto

Seria o primeiro momento entre os olhares

Havia ansiedade e a velada ideia de um desejo.

Eu te avistei de longe... Ainda não me via

Em um jeans e blusa preta vestido

Já no primeiro instante eu sorri brevemente

Minha cor preferida estampava seu corpo

Um toque de cuidado na escolha de como veio a mim

O primeiro gostei encadeado no meu peito.

Então as horas seguiram infindas

Eram confissões e sorrisos doados

Assuntos tantos que a sintonia era latente

Os goles de cerveja faziam tudo ainda mais raro.

Entre um bar e outro a aproximação surgiu

Seu primeiro toque alcança-me delicado

Você mais perto e sua mão tocando meu braço

Acende o lúcido segundo de anunciação

Aconteceria o beijo! Havia a intenção!

E nossos lábios lentamente se uniram

Era o gosto do despertar à nova emoção.

Foi inevitável... Sabemos e sentimos que foi!

O brilho do mar e o aconchego do cais nos clamaram

E foi ao nascer do dia que nos permitimos o inesperado

Quase adolescentes subversivos e entregues

Éramos apenas beijos, toques e sedução!

Seu gosto em minha boca era de um beijo profundo

As mãos incessantes em busca de se permitir à entrega

Você abaixando meu sutiã e tocando meus seios

A respiração ofegante revelava qualquer segredo

Minha mão a descobrir o quanto você me queria

Sua mão a me despertar e me fazer pedir

Quase te invadi com minhas súplicas de desejo

Quase me tomou como sua naquela explosão de desejo.

E de repente já tínhamos que nos despedir

Um beijo doce selava o até breve

Era uma luz diferente naquele cais aquele dia

Onde apesar de um nascer do Sol único

Tudo foi ofuscado pela nossa poesia.

Encantadora do Luar
Enviado por Encantadora do Luar em 27/10/2020
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