LABIRINTO

Não sei como pude perceber 
A vida entre portas entrebertas 
Entreabertas uma a uma
Revelando o destino 
Num labirinto de paixões 
As vezes me perco no caminho 
Com o temor que me invade
Quando atônito, e pasmo 
Já não sei mais quem sou
E descobri, derepente 
A solidão no caminho
Trazida por ventos fortes 
Que mesmo quando passada
Vira memória marcada
Nos tempos que nunca se vão
Nos tempos que permanecem
Registrados em minha vida 

Geraldo de Azevedo