A cada nova estação...
A cada nova estação...
Vai percorrendo vilarejos...
Brejos alegres...
Pessoas passando por entre as ventarolas...
Sou uma sacola repleta de inverdades...
Procurando alguma verdade...
Que me traga uma composição espiritual...
De voltar a ter...
O que nunca tive...
Não sei bem o quê...
Mas nos trilhos...
Do desejo...
Desembarcou uma saudade imensa...
Densa na noite...
Que adentra em meus aposentos...
Carregando assentos de uma razão...
Enlouquecida na fornalha da consciência...
Banhada por uma beleza natural...
Sem igual...
Vou viajando pelo campo da recordação...
Mas a cada nova estação...
Vou acordar no vagão...
Da sua solidão...